grupos de investigação – cieba — centro de estudos e de investigação em belas-artes

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grupos de investigação

O Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes desenvolve a sua atividade no ramo da Cultura e da Ciência, designadamente, na área das Belas-Artes e é constituído pelos seguintes grupos de investigação:

  • Grupo de Investigação e Estudos em Ciências da Arte e do Património – “Francisco de Holanda”
  • Grupo de Investigação em Arte Multimédia
  • Grupo de Investigação em Desenho
  • Grupo de Investigação em Design
  • Grupo de Investigação em Design de Comunicação
  • Grupo de Investigação em Educação Artística
  • Grupo de Investigação em Escultura
  • Grupo de Investigação em Pintura

 

Ciências da Arte e do Património – Francisco de Holanda

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coordenação Professor Auxiliar Fernando Rosa Dias | cieba.franciscoholanda@belasartes.ulisboa.pt

O Grupo de Investigação e de Estudos em Ciências da Arte e do Património – Francisco de Holanda tem como objectivo fundamental o de apoiar e complementar as acções realizadas no âmbito institucional das Ciências da Arte e do Património. O Grupo de Investigação Francisco de Holanda considera a revista ArteTeoria, criada pelo mestrado em Teorias da Arte da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, veículo privilegiado para a publicação e a divulgação de ensaios, artigos e outros textos produzidos no âmbito das suas actividades e das suas especialidades.

 

Arte Multimédia

coordenação Professora Auxiliar Susana Sousa Dias | cieba.multimedia@belasartes.ulisboa.pt

O Grupo de Investigação em Arte Multimédia (GIAM) posiciona-se numa perspetiva que assume os novos media como um veículo privilegiado para a reflexão do papel da criação e da obra de arte na sociedade contemporânea.

Por via de uma relação estreita e interactuante entre arte, cultura, ciência e tecnologia o GIAM acolhe e integra processos e práticas artísticas que se renovam e se modificam constantemente, numa perspetiva intermedia (Higgins), e onde práticas como crossmedia, mix media, multimédia, entre outras, convivem com o multimédia digital e o hibridismo das práticas pós-digitais.

O GIAM, em articulação com o Departamento de Arte Multimédia, promove assim a pesquisa privilegiando a experimentação e a criação artísticas, em domínios tradicionalmente ligados ao departamento, como a Animação, Fotografia, Imagem em Movimento e Performance, às quais se juntam as Artes Interactivas e as Práticas Transmédia.

 

Desenho

coordenação Professor Auxiliar Manuel Pedro Alves Crespo de San-Payo  | cieba.desenho@belasartes.ulisboa.pt

O Grupo de Investigação em Desenho é uma unidade do CIEBA que promove a pesquisa em Estudos Artísticos a partir do campo abrangente do Desenho. Tem como objetivo fundamental o desenvolvimento de atividades e projetos que contribuam para a produção, estímulo e disseminação do conhecimento científico, artístico e académico nas suas diversas vertentes e domínios de referência. Ancorando-se nas áreas científicas e disciplinares do Desenho da Faculdade de Belas-Artes, os seus eixos de investigação fundamental e aplicada, quer de índole artísticas, científica, técnica ou tecnológica, posicionam-se entre a diversidade e herança do legado histórico do desenho, as singularidades e pluralidades das suas manifestações e as reconfigurações e desafios da arte e cultura contemporânea. A caraterização das suas áreas específicas de investigação abrangem domínios que compreendem, por exemplo, o Desenho Analógico, o Desenho Digital, o Projeto Artístico, a Ilustração Editorial, a Ilustração Científica, a Banda Desenhada, a Concept Art, a Geometria, a Anatomia Artística, a Didática do Desenho ou a História e a Teoria do Desenho. O núcleo de atividades do Desenho implicadas nestes domínios organiza-se segundo três linhas temáticas fundamentais de investigação: “Práticas do Desenho“, “Ciências da Representação” e “Desenho em Teoria“. A estratégia de concretização destas atividades, consentânea com a missão do Grupo de Investigação em Desenho, passa pela promoção e apoio a contributos que se desenvolvam naquelas linhas, quer através da coordenação conjunta em iniciativas estruturantes de ações de disseminação e formação avançada, incluindo programas de conferências, jornadas académicas, exposições, organização de eventos, linha editorial com publicações, organização de programas e seminários de doutoramento, bem como de outras modalidades de formação pós-graduada, quer ainda através do contributo de propostas de projetos de investigação, apresentadas de forma individual, conjunta ou em parceria.

Linhas temáticas:
O Grupo de Investigação em Desenho caracteriza-se pela pluralidade e diversidade de abordagens em áreas específicas de investigação e desenvolvimento, desdobrando-se por campos que, não obstante os cruzamentos, sobreposições e transversalidades possíveis entre si, abrangem iniciativas agrupadas segundo três linhas temáticas fundamentais de investigação:

1 — Práticas do Desenho
Compreende iniciativas com especial enfoque nestes domínios: Desenho de expressão artística; Projeto em desenho; Desenho analógico; Desenho Digital; Práticas, media e linguagens gráficas; Ilustração; Banda desenhada; Concept Art; entre outras matérias conexas.

2 — Ciências da Representação
Compreende iniciativas com especial enfoque nestes domínios: Representação do corpo; Representação do espaço; Desenho analógico; Desenho digital; Geometria; Anatomia artística; Concept Art; Desenho científico; Desenho arqueológico; entre outras matérias conexas (em articulação com as Linhas Temáticas Transversaisde “Anatomia Artística” e “Geometria”)

3 — Desenho em Teoria
Compreende iniciativas com especial enfoque nestes domínios: História do desenho (autores, escolas, períodos); Teoria do desenho (textos, tratados, ideias, pensamento sobre desenho); Didática do desenho; Didática da Geometria; Educação artística e desenho; Geometria; Anatomia artística; Práticas, media e linguagens gráficas; Património, inventariação, museologia, museografia de desenho; entre outras matérias conexas.

palavras-chave Desenho Artístico; Desenho Analógico; Desenho Digital; Ilustração.

 

Design

coordenação Professor Auxiliar com Agregação Cristóvão Pereira | cieba.design@belasartes.ulisboa.pt

O Grupo de Investigação em Design do CIEBA emerge de uma cultura de investigação em Design profundamente sedimentada desde 1974, quando se iniciaram os primeiros cursos superiores de Design em Portugal na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.

A localização da Investigação em Design, no contexto dos Estudos em Belas-Artes, reflecte esta origem e sustenta a continuidade do grupo de investigação em Design na actual estrutura funcional do CIEBA.

Ao entender o Design como uma área de conhecimento da cultura e criação contemporânea, a investigação efectuada nos estudos e projectos em Design é caracterizada por contornos epistemológicos próprios, que se traduzem em práticas específicas e com elevados níveis de repercussão no quotidiano das populações.

Ao seguir este património inscrito na cultura do Design e esta vocação ao serviço da comunidade o Grupo de Investigação em Design tem como objectivo central fomentar a investigação no Design e nas suas diferentes especialidades.

 

Design de Comunicação

coordenação Professor Auxiliar Pedro Almeida | cieba.designcomunica@belasartes.ulisboa.pt

Áreas de referência

  • Design editorial
  • Design gráfico
  • Design de informação
  • Design de interacção
  • Design multimédia
  • Tipografia
  • Webdesign

O Grupo de Investigação de Design de Comunicação tem como objectivo principal a produção e disseminação de conhecimento na sua área científica de referência. O grupo de investigação pretende contribuir para o alargamento sistemático do corpo conceptual no domínio do design de comunicação, privilegiando a investigação orientada para o suporte da prática projectual ou da sua gestão.

O Grupo de Investigação encara o design de comunicação como uma actividade geradora de valor e vocacionada para a melhoria da segurança e da qualidade de vida das populações, assumindo uma responsabilidade particular na configuração do interface entre as pessoas e as coisas e na determinação da forma como a sua relação se estabelece. Entende ainda que os desafios para o design de comunicação resultam hoje sobretudo da necessidade de adaptação a uma sociedade digital e globalizada, onde a internet e o advento das redes sociais geram novas realidades de alcance e efeitos ainda não totalmente previsíveis – princípios caros ao design de comunicação como a consistência, a estabilidade ou a continuidade, são hoje de certa forma disputados por atributos como a flexibilidade, o imediatismo, a universalidade.

No que respeita à prática projectual, constata-se um contexto que exige competências alargadas e obriga simultaneamente a uma visão inclusiva das diferentes áreas. O desenho de uma estratégia de comunicação eficaz implica actualmente a compreensão do processo de desmaterialização em curso, a perspectivação do seu alcance e a capacidade de antecipação das situações que se alteram em sua função; implica ainda a adaptação às dinâmicas dos suportes virtuais, a exploração transversal e sinérgica dos novos ‘media’ – cooptando designadamente valências audiovisuais e multimédia – e um aproveitamento criativo das tecnologias de informação e comunicação.

No entanto, quando se observa a articulação entre a actividade e a produção científica no campo do design de comunicação, verificam-se ainda lacunas importantes a que importa dar resposta. Não obstante existir já um conjunto de sólidas abordagens teóricas, estas são geralmente de difícil transposição para o campo do projecto e têm-se revelado de pouca utilidade para quem precisa de ferramentas concretas para resolver problemas específicos ou para sustentar decisões.

Nesse sentido, o grupo de investigação promove o desenvolvimento de uma vertente académica – sobretudo centrada em investigação de natureza empírica – que apoie projectos que traduzam aplicações inovadoras do saber e lhes proporcione uma sustentação crítica de base científica.

O grupo de investigação encontra-se dividida em três linhas de investigação específicas: Design de Informação, Design de Interacção e Design e Edição.

Design de Informação | Design de Interação | Design e Edição

 

Educação Artística

coordenação Professor Leonardo Charréu | cieba.edartistica@belasartes.ulisboa.pt

O Grupo de Investigação em Educação Artística, criado (por unanimidade) a 14 de dezembro de 2016, é hoje constituído por 56 investigadores (20 integrados e 36 colaboradores, o que representa 23,3% dos membros integrados e 13,2% dos membros colaboradores de todo o CIEBA). Entre os integrados, encontram-se doutorados e pós-doutorados especialistas em Educação Artística e a maioria dos membros colaboradores são estudantes de Doutoramento em Educação Artística (FBAUL, FBAUP, FPCEUP, IEUL) e Pós-Doutoramento nesta especialidade (FBAUL), sendo este segundo subgrupo composto também por estudantes do Mestrado em Educação Artística (FBAUL) e do Mestrado em Ensino de Artes Visuais (IEUL, FBAUL), assim como por ex-estudantes (já mestres) de ambos os cursos.

No que concerne à caraterização do grupo, é ainda de destacar a recente ampliação das áreas artísticas dos seus membros à Dança, à Música e ao Teatro, num entendimento da Educação Artística que transpõe as Artes Visuais e se aproxima ainda de domínios como Antropologia, a Museologia, o Património e a Sociologia. Por conseguinte, os membros deste grupo pertencem, não só à faculdade, mas também a outras instituições, como a Academia Nacional Superior de Orquestra, a Escola de Dança Ana Kohler, a Escola Superior de Artes e Design, a Escola Superior de Teatro e Cinema, as Escolas Superiores de Educação de Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal, a Escola Superior de Educação Paula Frassinetti e o Instituto Superior de Ciências Educativas. Encontram-se em processo de filiação alguns docentes e investigadores de instituições estrangeiras, como a Academia de Belas-Artes Artes e as Universidades de Artes Aplicadas e de Educação de Viena (Áustria), a Academia de Pedagogia Social Maria Stern (Alemanha), a Universidade de São Paulo (Brasil), a Universidade de Valência (Espanha) e a Universidade de Formação de Professores de Berna, Jura and Neuchâtel (Suíça), que têm vindo a colaborar em alguns projetos em desenvolvimento.

Interesses e Linhas Investigativas

Os interesses deste grupo particularmente heterogéneo são diversificados, o que torna o trabalho colaborativo entre os vários membros, realizado em diferentes contextos académicos e sociais, bastante enriquecedor. A partir do levantamento dos mesmos, foram traçadas as atuais linhas de investigação, às quais correspondem os coordenadores respectivos: Arte Participada em Contextos Comunitários (Fabián Cevallos Vivar e Rita Basílio); Biografias, Percursos e Margens (Margarida Calado e Maria João Craveiro Lopes); Conceitos Fundadores e Emergentes (Ana de Sousa e Sofia Ré); Criatividade: Definições e Processos (Ana Bela Mendes e Filipa Burgo Ramos); Desenvolvimento Curricular (Clara Brito e Elisabete Oliveira); Formação de Professores (Ana de Sousa e Mónica Oliveira); Metodologias de Investigação (Ana Rocha e Leonardo Charréu); Museus e Espaços Culturais (Andreia Dias e Marta Ornelas).

Redes Internacionais de Investigação

A este grupo encontram-se associadas duas redes de investigação internacionais: a Rede Visível, criada em 2018, aquando do VII Congresso Matéria-Prima, que procura ampliar, atualizar e diversificar os canais de pesquisa em educação artística e mediação cultural, numa articulação Brasil-Portugal; e a rede Arte, Educação e Infância, criada no início da pandemia, em 2020, com o propósito de pensar/transformar a educação artística a partir de dois eixos: o modo como as crianças percepcionam e entendem o mundo através das suas produções artísticas e o modo como as crianças são percepcionadas e entendidas através da arte e da cultura visual, com a integração de docentes/investigadores representantes de 7 países (Alemanha, Áustria, Brasil, Espanha, Grécia, Portugal e Suíça).

Disseminação Académica e Comunitária

Têm sido realizados seminários destinados ao terceiro ciclo de estudos (Doutoramentos em Belas-Artes e Doutoramento em Educação Artística), participados igualmente pelo segundo ciclo de estudos (Mestrado em Educação Artística e Mestrado em Ensino de Artes Visuais) e tem sido conduzida investigação sobre a articulação entre paradigmas e práticas de educação artística, partilhada em eventos científicos e publicada em revistas da especialidade. Esta investigação, tanto advém, como tem sido aplicada em diversos projetos de educação artística implementados em contextos formais e não formais de aprendizagem, em parceria com associações artísticas e culturais (Cultivamos Cultura, Várias Vozes, entre outras).

Dentro da linha de investigação Biografias, Percursos e Margens, mas precedendo a sua criação, são de mencionar alguns artigos publicados na Convocarte: Revista de Ciências da Arte (4 e 5), por ocasião da homenagem em vida a João Manuel Rocha de Sousa (1938-2021), artista, crítico de arte, escritor, professor, pedagogo, autor de manuais didáticos para professores e responsável por reformas educativas. É também de mencionar a exposição Betâmio de Almeida (1920-1985): a pintura de um educador pela arte (2018), organizada por membros do CIEBA e inaugurada pelo Presidente da República, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, aquando das comemorações do centenário do educador pela arte, que foi também artista, professor, metodólogo, investigador, co-organizador da Palestra: Revista de Pedagogia e Cultura (1958-1973), onde publicou vários artigos, reformador do ensino (1948) e autor de manuais escolares. Desta exposição, nasceu um livro com o mesmo título, pertencente à Coleção CIEBA – Educação Artística.

Coleção CIEBA – Educação Artística

Nesta coleção, é de destacar a obra Betâmio de Almeida (1920-1985): a pintura de um educador pela arte (João Paulo Queiroz e Elisabete Oliveira, 2018), que pode ser descarregada em http://hdl.handle.net/10451/36874.

Entre as primeiras publicações da Coleção CIEBA – Educação Artística, encontram-se ainda 2 frutos da Rede Visível: Arte e ensino: propostas de resistência (João Paulo Queiroz e Rolando Oliveira, Coords., 2018) e Os riscos da arte: formação e mediação (João Paulo Queiroz e Rolando Oliveira, Coords., 2018), respetivamente disponíveis para descarregamento em http://hdl.handle.net/10451/37125 e http://hdl.handle.net/10451/37403.

Iniciativas Emergentes e Projetos Futuros

Uma das iniciativas mais recentemente desenvolvidas pelo grupo foi a constituição de um acervo no Redondo da faculdade, onde foi depositado o produto de décadas de trabalho, recolha e investigação de uma docente entretanto aposentada, membro colaborador (Elisabete Oliveira). Este acervo tem sido arquivado e tratado por alguns membros integrados e colaboradores do grupo, constituindo um legado de valor inestimável, com elevado potencial de investigação futura, pelas seguintes linhas: Biografias, Percursos e Margens; Conceitos Fundadores e Emergentes; Desenvolvimento Curricular e Formação de Professores.

No contexto dos trabalhos desenvolvidos pela rede Arte, Educação e Infância foram publicados 2 artigos e está no prelo (Thomson Reuters-Aranzadi) 1 capítulo de um livro, encontrando-se projetada a realização de 2 exposições e a edição de 2 catálogos e 4 livros em torno das questões: “Como têm as crianças representado (o mundo)? Como têm sido as crianças representadas (pela cultura)?” (a publicar pelo CIEBA), assim como a implementação de ações de formação para profissionais que atuam neste campo, em particular, na infância, em articulação com o projeto nacional Confi-Arte Oficinas Re/Criativas de Arte-Cidadania, da autoria da Associação Várias Vozes (parceira da FBAUL). Este projeto, financiado pela DGArtes, tem como propósito partilhar com a comunidade educativa e académica os benefícios da prática de oficinas de arte participada (e respetivas exposições) na comunidade, ao nível do desenvolvimento de aprendizagens significativas, promotoras de valores transformadores no âmbito da Educação (ao longo da vida) para a Cidadania Global, parte integrante e premente da Agenda Educativa dos países democráticos. Estas oficinas têm aberto o diálogo entre pares, proporcionado a partilha de experiências e a reflexão crítica sobre o trabalho colaborativo desenvolvido em diversificados contextos formais e não formais de aprendizagem no âmbito do projeto Confi-Arte Oficinas Re/Criativas de Arte-Cidadania, que será disseminado através deste grupo de investigação, nomeadamente com o trabalho colaborativo das linhas de investigação Arte Participada em Contextos Comunitários e Museus e Espaços Culturais.

 

Escultura

coordenação Professor Auxiliar José Revez | cieba.escultura@belasartes.ulisboa.pt

Enquanto comunidade científica estamos interessados em explorar os modos como a Escultura se constitui ontologicamente no presente e as repercussões que esta constituição tem não só nas artes, mas também fora do âmbito artístico. Ao longo do tempo tem existido uma pluralidade de práticas artísticas que por diversas vezes convocam o questionamento sobre os limites da Escultura enquanto categoria ou disciplina autodeterminada, mas que a têm levado a seguir um percurso de contínua transformação e expansão. Desta forma a Escultura abriu-se cada vez mais a novas interações que a fazem hoje ter o potencial para ser uma forma de produção de conhecimento inovadora, experimental e criativa. No Grupo de Escultura do CIEBA procuramos explorar este potencial como forma de olhar através de múltiplas perspectivas para questões fundamentais da escultura e da arte, bem como as repercussões que tais questões e problemáticas têm (e podem ter) nas ciências e nas humanidades. Múltiplas perspectivas, que na sua heterogeneidade, se constituem como um todo complexo a que podemos chamar o fazer e o olhar escultórico.

O grupo assume-se como transdisciplinar enquanto acto de integração e interação de diferentes tipos de saber e conhecimento, focando-se na transversalidade de problemáticas. Procuramos o desenvolvimento de quadros metodológicos que atravessem e transformem a sociedade, facilitando a emergência de ideias, conhecimento e interações que não poderiam ser previstas ou antecipadas. Estamos abertos tanto a uma produção teórica como prática, mas sobretudo à experimentação na intersecção destes dois pólos e a uma investigação especulativa. Um espaço onde interagem e se complementam novas e tradicionais técnicas, materiais, ferramentas e conhecimentos, de um modo ajustado à especificidade de cada assunto e investigador

palavras-chave Espaço; Materialidade; Morfologia; Mimese; Plasticidade; Reprodução; Técnica; Tridimensionalidade.

 

Pintura

coordenação Professora Auxiliar Diana Costa | cieba.pintura@belasartes.ulisboa.pt

Se a transversalidade e carácter multi-operativo são qualidades indesmentíveis numa parte muito visível da arte contemporânea, é certo também que esses factos não implicam a ablação das disciplinas específicas, mas antes a sua recontextualização e reconfiguração.

Pensar o campo da pintura justifica-se hoje, assim, na linha do seu entendimento como conjunto de formulações que, partindo de um campo especializado inesgotável em que continua a haver muito por investigar na verticalidade da “disciplina” e na sua teoria própria, as perspectivas se abrem hoje a novos desafios.  As espacialidades expandidas para além dos suportes convencionais e os processos de natureza híbrida, a renovação dos meios e das tecnologias que integraram o digital, os diálogos com a ciência e com as diversas áreas da criatividade em narrativas e poéticas sem limites formais, conceptuais ou geográficos, reconfiguraram o que antes se entendia por pintura, cruzando-se com o conhecimento por desbravar, as mudanças na cultura e no pensamento contemporâneos. Agora, tudo isso constitui, pois, motivações para indagações sediadas ou motivadas na fenomenologia do pictórico, interrogando-o cada vez mais ampla e profundamente.